*Por Teacher Natália Bis
Estando há mais de 15 anos envolvida na preparação dos adolescentes para a prova de inglês do vestibular, pude conhecer seus pontos fortes e fracos, e é por isso que a convite da Books & Co, escrevi este artigo reunindo as dicas mais afiadas para uma prova de inglês segura e otimizada!
Primeiramente, o aluno precisa visualizar o vestibular como um concurso público, ou seja, não adianta estudar toda a matéria e não se preparar para aquele estilo de prova em específico. Por falta de orientação, muitas vezes os vestibulandos pensam que aprender os tópicos avulsos os deixarão preparados para as questões, mas é preciso conhecer o formato esperado de cada instituição, portanto a dica número 1 é:
O vestibular de cada instituição tem uma abordagem diferente para avaliar o candidato. Ter um bom domínio gramatical e lexical é uma grande vantagem, mas para otimizar o seu tempo e número de acertos, é preciso baixar as provas anteriores das universidades escolhidas e praticá-las, entendendo seus macetes e estilo. Por exemplo, a FUVEST foca em interpretação de texto, com textos geralmente longos, vale adicionar aqui a leitura de artigos de jornais e revistas em inglês à sua rotina de estudos.
O ENEM apresenta questões curtas, porém com nível de dificuldade média ou alta, exige raciocínio aguçado. Já a COMVEST (UNICAMP) costuma trabalhar com gêneros variados de textos para interpretação, é uma prova muito madura que pede do candidato foco no que de fato foi pedido no enunciado para não se perder na resposta. E assim muitos outros vestibulares estaduais ou federais têm o seu estilo próprio e exigem prática prévia. Ah, e não subestime as particulares! PUC, Belas Artes e FGV SP são algumas apenas das que possuem provas muito bem elaboradas, capazes de derrubar os candidatos mais bem preparados!
Quando falo deste assunto com meus alunos, costumo perguntar se eles sabem por que um praticante de artes marciais quebra uma polegada de madeira e não machuca a mão. Eles franzem a testa tentando entender a relação com o vestibular (risos), mas quando algum deles responde “porque eles têm a técnica certa”, eu ovaciono! É exatamente a mesma coisa no vestibular, se você tiver o conhecimento de técnicas, vai saber a qual delas recorrer para lhe ajudar a resolver a questão. Para citar, algumas delas são: inferência contextual, skimming, scanning, identificação de distratores e pegadinhas, cognatos e palavras repetidas.
Além das aulas regulares, é preciso montar uma planilha semanal de estudos para praticar o que foi aprendido e praticar os cadernos de vestibulares antigos, como expliquei no item 1 acima.
Segue uma ajudinha para vocês: um planner semanal para a sua organização! (Baixe aqui)
Estudar para o vestibular deve ser 80% - 20%. Ou seja, 80% de prática de interpretação de texto via resolução de exercícios e 20% de variação de atividades para adquirir vocabulário e refinar habilidades.
1) Nas provas de vestibulares dos anos anteriores, escolha as universidades que você quer prestar (UNESP, USP, UFU, UNICAMP, ITA, UEL, UEM, FGV, Mackenzie, etc.) e baixe os cadernos (vá em LINGUAGENS E CÓDIGOS);
2) Sugestão de início: faça 1 caderno por semana, para que você leia atenciosamente todas as questões e depois de conferir acertos e erros, busque os vocábulos e/ou regras gramaticais que te fizeram errar a questão;
3) Caderno pré-vestibular, organize a sua planilha para encaixar estes exercícios também;
4) Revisar tópicos gramaticais.
1) Estudar 10’ de um vocabulário novo (saúde, tecnologia, curiosidades, comida, economia, política, Internet, gírias, etc.) através da leitura de textos variados em fontes frequentes das provas de inglês tais como:
– The Observer
– The Guardian
– Washington Post
– NY Times
– BBC News
– The Economist
2) Praticar leitura/escuta de textos no VOA (Voice of America) porque tem script;
3) Ouvir palestras do TEDx no YouTube, mesmo que não caia listening na prova, a variedade dos assuntos ali apresentados pode te pôr à frente de outros candidatos menos preparados. Topar com um texto no qual já conhecemos o assunto é como diz a frase de Sêneca: “Sorte é o que acontece quando capacidade encontra-se com oportunidade.”
Esta dica é avançada. Sugiro que você pratique o que vou orientar a seguir depois de praticar as 4 anteriores por algum tempo, até que se sinta à vontade para se soltar. Então vamos à dica: ESCREVA EM INGLÊS. “Mas, teacher Nati, cai redação em inglês no ENEM ou Vestibular?”
Não, mas para dominar mesmo os conhecimentos adquiridos é preciso colocar a mão na massa. Faça redações na língua, pois, assim, você poderá exercer e colocar no papel tudo o que sabe.
Dedique cada texto a um tema diferente, de modo que o vocabulário utilizado possa variar. Percebe? Aqui estarão reunidos: temas variados, conhecimento gramatical, uma gama extensa de vocabulário aplicado, organização mental em outra língua e noções de redação! É um exercício riquíssimo!
Espero que essas dicas ajudem vocês a alcançar os seus sonhos! E lembrem-se: depois do vestibular tem a vida e é lá que vai fazer mais sentido ainda falar inglês!
Flight high, butterfly!
Teacher Natália Bis
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